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Evidências de citotoxicidade (necrose/apoptose) e do aumento da proliferação hepatocelular foram observados após a administração de 15 mg/kg de massa corporal de furano a ratos e camundongos, durante 6 semanas. [7]

 

In vitro e in vivo, o furano interrompeu a fosforilação oxidativa mitocondrial hepática após bioativação metabólica e provocou perda de ATP (adenosina trifosfato). O esgotamento das reservas de energia levou à ativação de enzimas citotóxicas, incluindo endonucleases, que reconheceram sequências de pares de bases específicas nas moléculas de DNA e cortaram-nas nesses pontos, antes da morte celular. A reparação incorreta das cadeias de DNA pode levar a mutações que, por sua vez, devem estar associadas ao desenvolvimento de tumores. [8]

Citotoxidade

Figura 11: cadeia de DNA

Aductos [9]

Foram detetadas ligações cruzadas de GSH-BDA-amina com ornitina, putrescina e espermidina, após a exposição de hepatócitos de rato ao furano.

Os produtos de degradação dos produtos GSH-BDA-espermidina foram detetados em baixos níveis na urina de ratos tratados com furano. A alta reatividade do 2-(S-glutationil)-succinaldeido (GSH-BDA) com a espermina e espermidina sugerem que a formação destes conjugados podem representar vias de desintoxicação para exposições baixas de furano. Para níveis mais elevados de exposição, estas reações podem causar desequilíbrios no metabolismo das poliaminas por meio de diversos de mecanismos. Os desequilíbrios no metabolismo de poliaminas têm sido associados ao cancro.

Desta forma, estes metabolitos do furano podem fornecer dados importantes sobre os mecanismos pelos quais o furano provoca os seus efeitos nocivos.

Figura 12: ornitina, putrescina, espermidina e espermina

Figura 10: camundongo ou rato doméstico ou Mus musculus

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